sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Interprogramas
Perceba (a partir da imagem abaixo) que a logomarca foi totalmente modificada:
A nova vinheta (produzida pela agência Sotaque Brasil) ficou espetacular. Ela começa fazendo alusão ao belíssimo mar de Alagoas (quem veio aqui sabe do que estou falando) e em seguida mostra as rendas genuínas do estado. Um painel se forma mostrando o Guerreiro (dança folclórica) e a logomarca começa a ser formada por telas que transmitem os programas da emissora:
Feliz 2011. Ano que vem tem muito mais!
Bruno Vanderley é acadêmico de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Jornal Hoje, 2001: uma trilha orquestrada
O logotipo também havia mudado. O símbolo do jornal, a letra “H” estava agora fixada dentro de um cubo, que girava enquanto imagens do mundo eram refletidas. A cor predominante era o laranja. A vinheta não era animada, pelo contrário, ela parecia que queria transmitir uma nova identidade do telejornal que sempre foi conhecido por ser mais leve e descontraído.
A vinheta foi utilizada por pouquíssimo tempo, mas entrou para a história do telejornal, sendo a mais séria de todas.
Confira:
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Ivo Pereira, 19 anos, brasilense. Estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Telejornais extintos: São Paulo Já
Sua estreia se deu num dia emblemático para o estado, pois em 9 de julho comemora-se a Revolução Constitucionalista de 1932. Na bancada jornalistas de peso, como Carlos Nascimento, que recentemente havia retornado à Globo, após breve passagem pela Record. Seu colega de bancada era o não menos famoso Augusto Xavier que, mesmo jovem, já tinha larga experiência na apresentação de telejornais da casa.
A abertura, comprovadamente elaborada pela então Central Globo de Jornalismo, encabeçada por Hans Donner, era bem sugestiva. Foi a primeira a usar a textura cromada para um logotipo, o que hoje é vastamente usado pela casa, a começar do símbolo da própria emissora. A inspiração do logotipo era familiar para os paulistas, pois reproduz, de maneira estilizada, o mapa do estado de São Paulo. Na versão mais recente da abertura (1994-1996), o logo ganhou as cores da bandeira do estado - branca, vermelha e preta - o que não havia antes de modo explícito. A abertura, simples e direta, passava a ideia de integração: várias regiões do estado trazendo as informações que formavam o São Paulo Já. A trilha de abertura foi uma das mais agradáveis que a Globo já produziu, e transmitia agilidade.
O São Paulo Já representou, na Globo, a concretização de um projeto de jornalismo regional reforçado. Foi o pioneiro a transmitir notícias locais, nacionais e internacionais. Ele desbancou o Jornal Hoje de 09/07/1990 a 11/04/1994, mas de vez em quando unificava as coberturas com a rede. Isso ficava evidente com algumas "escapadas" da emissora carioca, como tema do Hoje tocando na escalada, apresentadores do porte de Cláudia Cruz e William Bonner e repórteres que falavam "para o Jornal Hoje", ao final de suas reportagens.
O programa teve três aberturas, se considerarmos as trilhas: a primeira, do vídeo abaixo; a segunda, com o logo nas cores da bandeira paulista, e a terceira na fase derradeira do telejornal, um "preparativo" para o retorno do SPTV, uma vez que os temas passaram a ser idênticos.
O cenário era igualmente simples, com apenas cores vermelha e branca de fundo na sua fase inicial; a partir da reformulação de 1992, passou a adotar formas geométricas hexagonais na bancada e no logotipo móvel de fundo - que se movia para mostrar a data da 1ª edição. Em 1992 ganhou uma nova trilha de escalada, de passagem e de encerramento, uma vez que a anterior era trilha sonora de um filme de ação, cuja procedência até hoje desconhecemos. Em 1994, com a transmissão restrita à região metropolitana paulista, o cenário foi bastante aprimorado, com três faixas transversais nas cores branca, preta e vermelha, e o fundo do cenário em azul celeste. A bancada foi reformulada. Perto da extinção, o jornal perdeu o logotipo do cenário e ganhou a abertura antiga do SPTV. A transição foi completada em 1996, a fim de promover a padronização com os demais "Praça" da rede.
Certamente um jornal que deixa saudades. Nele se revelaram rostos conhecidos, como Sandra Annenberg e Mariana Godoy. Uma proposta inovadora que merece ser lembrada. Quem quiser, pode se filiar à comunidade do São Paulo Já no orkut.
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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Renovação nos canais de Jornalismo
Depois, foi a vez da Record News que anunciou um novo pacote visual e novos programas. Por lá, as mudanças não foram tantas. O Gc sofreu uma pequena alteração e as vinhetas seguiram o mesmo padrão.
E por fim, a Band News inaugurou seu novo visual. GC ficou moderno e suas vinhetas também. Seu logotipo sofreu pequenas alterações. Pelo que parece, até novos cenários estão vindo por aí.
É tempo de renovação nas TVs de Jornalismo.
Confira essas mudanças:
Ivo Pereira, brasiliense, 19 anos. Estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília.
sábado, 6 de novembro de 2010
Jornal da Record: Imagem e semelhança da concorrência?
Desde então, artilharias pesadas foram armadas, nas duas emissoras. Não estamos falando de armas ou granadas, e sim de investimentos pesados e ousados na teledramaturgia e no jornalismo.
A Rede Record prega o fim do monopólio global, e para isto usa uma programação quase nos mesmos moldes da concorrência. Por esta razão, para muitos a Record levou a fama de copiadora e sem criatividade. E essa “tese” tem fundamento, o exemplo mais recente que comprova isso são os novos GC’s do “Jornal da Record”. Absurdamente parecidos com o do “Jornal Nacional”, da Globo. Vejam as imagens comparativas:
O que vocês acham? A Record copia mesmo a Globo ou é pura coincidência?! Cometem!
Ivo Pereira, brasiliense, 18 anos. Futuro Comunicador Social habilitado para Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica de Brasília.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Lá fora também se copia
Num primeiro momento, não se nota facilmente a semelhança, até que o som sintetizado e extremamente digital de ambas as trilhas fica evidente. As cores fazem uma grande diferença entre ambas; porém, a ideia é a mesma, a de exibir um jornal dinâmico, ágil, integrado com o mundo globalizado e com a Internet.
Particularmente não chamo a trilha de "trilha", e sim de um amontoado de sons desconexos, que mais faz lembrar o som modernizado de máquinas "telex" antigos, nada harmônicos. Parece-me que apertam uma porção de botões, e isso são os "cliques" que darão as informações do dia aos telespectadores. Ponto forte entre ambas é a qualidade da animação gráfica, cuja pureza de imagem supera as vinhetas da Fox News, canal de TV a cabo estadunidense.
Compare as trilhas e vinhetas no vídeo abaixo, e note a semelhança. Nem a emissora da Anhanguera ou aquela da Barra Funda paulista fazem melhor.
CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Vinhetas que dão medo
Começaremos pelo clássico SBT Repórter do início da década de 2000.
O cenário praticamente todo escuro juntamente a trilha sonora de encerramento e até os temas 'místicos' davam certos arrepios aos telespectadores.
O Jornal do Almoço, que é considerado mais uma revista eletrônica do que um telejornal, já teve suas vinhetas medonhas:
Essa acima, com certeza dava um medo com quem almoçava na década de 80.
E não podemos deixar de lado um grande sucesso das vinhetas medonhas, o Aqui Agora, o policialesco da década de 90 (teve uma retomada efêmera passagem em 2008) do SBT. Os solos de guitarra juntamente com as caras amarradas de seus apresentadores faziam o espectador ficar apreensivo em frente à TV.
Você, leitor, deve lembrar de outras vinhetas que davam medo em você! Comente nesse post para compartilhar :)
Giorgio Rosso Guedin é natural de Criciúma onde viveu até os 16 anos na cidade e onde atualmente passa as férias. Morou em Florianópolis dos 17 aos 19 anos. Atualmente, aos 20 anos, é acadêmico de Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas - UFPel. Vive atualmente em Pelotas, mas sempre que tiver oportunidade, passa por Porto Alegre e Florianópolis. Apaixonado pelas mídias eletrônicas e convencionais. É diretor e editor de SulBRTV, o maior blog sobre a televisão sul-brasileira e colaborador da Vinhetas de Telejornais - o Blog!
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Telejornais do SBT: Constantes mudanças em cinco anos
Desde a estreia do telejornal “SBT Brasil”, que está no ar até hoje, o SBT adota uma linha de cenários de padrões internacionais. São cenários mais elaborados, embora alguns pequenos.
As vinhetas do SBT também possuem modelos internacionais. Muitas pessoas denunciam no Youtube que essas vinhetas são cópias de telejornais de outros países. Mas há uma notícia que corre pelos blogs e pelas comunidades do gênero, de que o SBT possui um contrato com a emissora norte-americana ABC para utilizar suas vinhetas.
Em minha opinião, não considero isso ruim para os telejornais do SBT, visto que esses não tem uma preocupação com a fixação de uma identidade visual como a Rede Globo, por exemplo. Pelo contrário, é interessante observar que o SBT está em constante renovação nos cenários e vinhetas.
Abaixo, seguem algumas das principais mudanças dos telejornais do SBT em um lustro. (2005-2010)
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense e estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Vinheta ABC World News: jus ao nome que carrega
A "arte" não tem nada de especial - até poderiam caprichar mais.
Áudio da trilha (completo)
Bruno Vanderley é acadêmico da Universidade Federal de Alagoas, do curso de Comunicação Social - Jornalismo.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Eleições Globo: um passo pra trás!
Nos telejornais já é possível conferir a nova versão da vinheta Eleições Globo 2010. A trilha sofreu grandes alterações - péssimas, ao meu ver - e a arte ficou muito "recordista".
Confira a atual:
Eleições 2008
A vinheta, em relação a de 2006, sofreu mudança total na arte e parcial na trilha. Vi como uma queda de qualidade.
Eleições 2006
A melhor trilha e a melhor arte de todas - da Globo. Ainda assim fica muito distante da qualidade alcançada pela TV Bandeirantes
Bruno Vanderley é maceioense, tem 20 anos e é acadêmico de Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Praça TV: Novo padrão de cenário e apresentação
Era novembro de 2009, os cenários dos telejornais locais vinham se arrastando com um padrão que sofreu algumas modicações desde o ano 2000. Algum telejornal precisava ser a cobaia de um novo cenário, ou melhor, um novo projeto. Ambicioso, esse projeto visava transformar o telejornal em um modelo informal. A bancada? Seria um mero objeto de composição de ambiente, e às vezes para usá-la, mas de forma bem discreta.
23 de novembro de 2009, o dia em que começou a grande transformação do telejornalismo local da Rede Globo. Estreava o novo RJTV, e conforme o prometido, completamente diferente do que já foi visto na emissora que era tida como o exemplo da formalidade.
Somente o RJTV teve uma modificação na trilha da vinheta de abertura:
Cenário amplo, com três telões, uma bancada redesenhada e pequena, cores vivas e um espaço para entrevista. A apresentadora andava pelo cenário e de forma descontraída dava as notícias. Nascia o novo padrão dos telejornais locais da Rede Globo.
Em abril deste ano, a Globo DF anunciou que um novo cenário estava sendo construído. Foi o segundo telejornal local a adotar esse novo padrão. O cenário da Globo DF é basicamente a mesma coisa do construído pela Globo Rio, só que com algumas diferenças. O cenário da Globo DF possui cores mais suaves, e além dos telões, no centro do espaço há um outro telão com imagens ao vivo da rodoviária do Plano Piloto e da Esplanada dos Ministérios, com o Congresso Nacional ao fundo. É a chamada “Janela do DFTV”, que teve inspiração no Glass Studio da Globo São Paulo.
Outras afiliadas que adotaram o novo padrão de cenários da Globo:
TV Anhanguera
TV Cabo Branco
http://migre.me/13t6E
TV Globo Minas
http://migre.me/13t53
http://migre.me/13t67
Essas afiliadas são as primeiras de muitas que irão adotar esse novo padrão de cenário e apresentação para os telejornais locais. Os novos cenários apresentados até agora possuem muita qualidade, esperamos que os próximos cenários que virão por aí mantenham essa linha.
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense. Estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília
domingo, 8 de agosto de 2010
Eleições na Band
O que sempre me chama atenção é a qualidade e a perfeição da trilha das ELEIÇÕES BAND, uma das melhores do mundo nessa categoria. Para ficar mais elegante ainda - o que até causou arrepios nos amantes das vinhetas -, a Orquestra Bachiana do Sesi abriu o debate com uma interpretação fantástica da marcante trilha
Bruno Vanderley é acadêmico de Jornalismo pela UFAL
sábado, 31 de julho de 2010
Vinhetas regionais e a TV Digital
Quando a cor chegou à televisão brasileira, as emissoras (principalmente a Rede Globo) abusavam do colorido, numa notória empolgação com a evolução obtida. O mesmo "fenômeno" está se repetindo, mas agora, além do uso exagerado das cores, o cromado se faz presente. É claro que as afiliadas não iriam ficar atrás.
RBS TV - Afiliada Globo em Santa Catarina
TV Integração - Afiliada Globo no interior de Minas Gerais
TV Mirante - Afiliada Globo no Maranhão
EPTV - Afiliada Globo no interior de São Paulo
Bruno Vanderley escreve de Maceió e é acadêmico de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
O Fantástico dos anos 2000
“Fantástico”, o show da vida. Nenhum outro programa da televisão brasileira é melhor para celebrar a vida, para retratar e noticiar a época vivida. O “Fantástico” é um programa para o mundo. Sua superioridade em relação aos outros programas é notável nos próprios cenários e em suas célebres vinhetas. Todas sob um conceito, sob uma fundamentação.
Indo mais direto ao ponto, nesse texto quero falar sobre a estética do Fantástico dos anos 2000. Na minha opinião, acredito que o programa, na década passada passou por um período de consolidação. O programa chegou ao topo, ao auge da sua vida. Muitos vão discordar de mim, dizendo que esse período aconteceu nos anos oitenta, mas eu penso que nos anos oitenta, o “Fantástico” vivia o momento do “boom”, foi quando o programa construiu sua imagem que é lembrada até hoje, e quando fez mais sucesso.
Voltando ao assunto, vou apresentar alguns cenários e vinhetas do “Fantástico” da década de dois mil.
Neste vídeo, o último bloco do “Fantástico” nos ano 2000. O cenário é todo em chroma key:
Em 2001, a vinheta que já estava no ar desde o ano 2000 ganhou uma nova trilha:
Vinheta de 2002:
Em 2003 um cenário diferente para o “Fantástico”, este continua com integração com logotipo. Através do efeito chroma key o programa era apresentado no ambiente de um espaço sideral:
Vinheta de 2003 (a data da descrição do vídeo está errada):
Para mostrar o cenário que estreou em 2005 e ficou no ar até 2007, um clássico vídeo da queda do brinco da Glória Maria:
Em 2007, o programa ganhou um novo cenário, que apesar de algumas ligeiras modificações de iluminação, é o mesmo de hoje:
A vinheta que ficou no ar entre 2005 até março deste ano:
E estas foram as vinhetas e os cenários que ambientaram o “Fantástico” nos anos 2000.
Nesta nova década, o “Fantástico” completará 40 anos de existência, e com certeza um cenário novo virá por aí, e aposto que será bem inovador. É só esperar pra ver.
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense e estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília. Gosta de ver e analisar a questão estética de um telejornal, suas vinhetas e seus cenários.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
As melhores vinhetas: Jornal Hoje 1986-1991
Inaugurando a seção, aqui temos a vinheta do Jornal Hoje da Rede Globo, de 1986. Não estou fazendo uma associação com aquela outra, de 1991, que apontei como a que fez meu gosto por vinhetas vir à tona. Essa vinheta eu menciono como uma das melhores já exibidas pela casa.
Ela cumpre seu papel de retratar a mensagem do jornal. Mais do que apenas ser algo "plástico", bonito, para dar um começo ao noticiário, ela passa a mensagem de que o Jornal Hoje espalhará as informações pelos quatro cantos. Para isso exatamente a vinheta traz quatro "agás" sólidos que saem do conjunto principal, cada um com uma cor, inclusive o verde e amarelo. Um bloco, uma unidade, que está coesa do começo ao fim, como deve ser o bom telejornal.
A trilha, na minha opinião a melhor de telejornais de todos os tempos, transmite agilidade e dinamismo, algo que está acontecendo e chegando para o telespectador num bom formato. As cores do logotipo também são apropriadas para um jornal vespertino, combinando com o cinza do fundo, pois não se trata de um jornal matutino, com cores mais quentes. O cenário, à época, "entrava" na vinheta, sendo que a bancada reproduzia os "agás" da abertura, tanto no cenário de fundo quanto na bancada. Foi um salto de qualidade na emissora, até então com padrões que mais combinavam com a década de 1970, e que se viu forçada a mudar seus padrões por conta da concorrência trazida pela agora extinta Rede Manchete.
Detalhe é que essa vinheta foi uma das primeiras a ser produzida, de fato, em computação gráfica, seguindo os padrões das vinhetas do Jornal Nacional e do Fantástico, produzidas em 1983, que já substituíam o Scanimate, ou "truca".
Por essas características, temos a vinheta do Hoje de 1986 a 1991, como uma das melhores.
Em breve, traremos uma das piores. Para aguçar a curiosidade: ela também pertence à história do Hoje.
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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
terça-feira, 6 de julho de 2010
Plantões
Vamos conhecer - ou rever -, nessa postagem, as artes que precedem os grandes acontecimentos na tv aberta do Brasil.
A mais feia de todas é a da Record, que parece ter aproveitado a vinheta de "interprogramas" e não dá ênfase à palavra "plantão":
Plantão da Band, que não é desagradável:
Plantão do SBT, que traz uma trilha e arte adequadas:
Plantão da Globo, a célebre vinheta que combina perfeitamente trilha e arte:
Gostaria de dar destaque ao Plantão da TV Integração (afiliada Globo em Minas Gerais):
Bruno Vanderley é estudante de Comunicação Social - Jornalismo pela UFAL.
sábado, 3 de julho de 2010
Praças TV, as "vinhetas móveis" da Globo
O nosso foco de hoje é comentar a história das vinhetas do Praça TV, o nome dado aos jornais locais da Globo e suas afiliadas. Praça, pois assim é chamada a localidade, o Estado, em que o programa passa. Nas emissoras próprias da Globo, o padrão é identificado pela sigla do Estado + TV, como SPTV, RJTV, MGTV, DFTV e NETV, pois até então a emissora de Pernambuco atuava cobrindo essa região. Fazendo essa combinação "Estado + TV", os responsáveis pelo videografismo da Globo faziam, desde o começo, uma vinheta sem identificação, cabendo o acréscimo da sigla que daria nome ao jornal.
A primeira era ainda precária, produzida por animação gráfica simples, com fundo preto. O argumento permaneceu o mesmo até 2005: siglas voando, de todo o Brasil, e a do jornal local é selecionada. Essa que aparece no vídeo durou até 1986, e é exibida a partir de 2 minutos e 39 segundos.
O tema sofreu algumas alterações em 1986, ano de grandes mudanças gráficas em praticamente todas as aberturas globais. Com o advento de computação gráfica, as siglas pareciam deslizar sobre camadas sobrepostas, como numa viagem de ficção científica entre naves que transitam sobre vias aéreas. A sigla vem do meio delas, dá um impacto na tela e forma o conjunto do logotipo.
Essa abertura ficou no padrão até 1996.
Logo em meados de 1996, adotaram um padrão estilizado de "seleção de sigla", pois ela passava a incluir em si mesma fachos de luz, bastante coloridos, dando dinamismo à abertura, que passava a ter novo tema musical.
Essa vinheta durou pouco, sendo substituída logo depois pelo "padrão Intercine". Apelidamos dessa maneira, pois a abertura dessa sessão de filmes globais lembra - e muito - essa "dança das siglas vítreas":
Em fins de 1998, uma novidade. Como um teste para o que viria, a Globo de São Paulo inova mostrando uma nova vinheta para o SPTV, tanto na primeira quanto na segunda edição. O tema musical é totalmente diferente, e que foi usado na abertura seguinte.
No final de 1999 e início de 2000, a abertura que, na minha opinião, foi uma verdadeira revolução gráfica na Globo. Eu a apelidei de "balé dos retângulos azuis", e a meu ver foi uma das mais sensacionais já produzidas pela Editoria de Arte da emissora. O tema, suntuoso, provocou uma mudança no padrão global de jornalismo local. Os "TV" piscando, enquanto os retângulos dançavam pela tela, de modo sincronizado, até que um deles trazia a sigla, em tom amarelo.
Daí veio 2005 e a Globo desandou. Contrariando a tendência mundial de se fazer logotipos em 2D, planos, a equipe de Hans Donner faz uma música ainda mais sintetizada como trilha e, pior, insere no gráfico pilhas, que representam prédios. Para variar um pouco o estado, a vinheta abaixo é a do MSTV.
A pergunta que não quer calar: e as cidades menores, que nem prédio têm? O Brasil é todo urbano? E o que há por trás da sigla do Estado: seria um arquivo, um fichário? Fizeram tão bem feito em 1999 a 2005, acabaram com o padrão. O logo, estranho demais, em formato de cubo. A atual vinheta dos Praça TV é uma amostra de que o padrão pode ser bem piorado. Por descuido na hora de adaptar a sigla, surgem "aberrações" como a do vídeo a seguir, do GRTV:
Finalmente em 2009 a Globo passou a mudar a trilha de seus telejornais locais, tornando-a um pouco mais alegre.
De um modo bem sucinto, a história das vinhetas de telejornais locais da Globo mostra que a padronização é um elemento interessante de exibição de qualidade, permitindo que afiliadas, com até menos recursos e equipamentos, possam manter a "cara da Globo", nos mais diversos destinos deste País.
Opinamos pela troca dessa vinheta atual. Aguardamos uma nova inspiração da Editoria de Arte, que venha a nos surpreender, como aconteceu no começo da década passada.
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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
segunda-feira, 28 de junho de 2010
A Copa, a Globo e seus logotipos.
Argentina - 1978
Espanha - 1982
México - 1986
Itália - 1990
Estados Unidos - 1994
França - 1998
Coreia do Sul e Japão - 2002
Alemanha - 2006
África do Sul - 2010 (logotipo sem nenhuma palavra)
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense e estudante de Comunicação Social- Publicidade e Propaganda na Universidade Católica de Brasília.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
A diferença de ter um Dirceu Rabello
Pois bem, desde quando a Rede Globo voltou a fazer as vinhetas interprogramas, em 2007, ela vem se tornando muito simplória, muito ao contrário dos tempos áureos de Hans Donner nas décadas de 70 a 90. Parece que elas estão feitas às pressas.
Mas, por outro lado, a narração de Dirceu Rabello dá um toque muito especial na vinheta, fazendo lembrar a época que o mesmo narrava 'está no ar o Jornal Nacional, com William Bonner e Fátima Bernardes', dando um tom de credibilidade com a atração. A 'voz padrão da Globo', ao contrário do designer mestre da Globo, não parou no tempo. Quando ouvimos a sua voz, ele passa toda a credibilidade da programação da Rede Globo, apesar de muitos programas não terem tal.
Está na hora da Globo se mexer. A Record, desde 2008, não possui vinheta. O SBT copia muito as emissoras norte-americanas. A Rede TV!, desde sua inauguração, não possui um vinheta imponente. A Band, inovou na sua nova vinheta. Parabéns a ela. E, quanto a Globo, é bom se atualizar...
Giorgio Rosso Guedin é natural de Criciúma onde viveu até os 16 anos na cidade e onde atualmente passa as férias. Morou em Florianópolis dos 17 aos 19 anos. Atualmente, aos 20 anos, é acadêmico de Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas - UFPel. Vive atualmente em Pelotas, mas sempre que tiver oportunidade, passa por Porto Alegre e Florianópolis. Apaixonado pelas mídias eletrônicas e convencionais. É diretor e editor de SulBRTV, o maior blog sobre a televisão sul-brasileira e colaborador da Vinhetas de Telejornais - o Blog!
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Fantástico 1994
Em 1994 o Fantástico ganhou aquela que viria a ser a última de suas tradicionais aberturas.Totalmente criada com a computação gráfica, a abertura explorou efeitos visuais que só seriam possíveis com o auxílio desta tecnologia. Como não poderia ser diferente, a abertura foi feita por Hans Donner e sua equipe.
A abertura começa com uma explosão, de onde se desenvolve todo o filme. Mulheres surgem de alguns objetos e o balé entra em cena. Em uma das seqüências uma “mulher-libélula” surge e mergulha no fundo do mar. Na cena final, um tecido sai de um corpo de uma bailarina que está em cima de uma cabeça gigante que desaparece, mas dá o formato do logotipo que surge logo após, fechando o filme.
A vinheta foi utilizada por mais ou menos um ano. Foi substituída por uma pequena vinheta de cinco segundos devido a uma reformulação que o programa sofreu, em 1995.
A partir daí, as vinhetas se mantiveram entre cinco a dez segundos e somente neste ano ganhou uma de trinta segundos.
Veja a abaixo a abertura de 1994 do Fantástico:
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense. Estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Ele merecia
As mudanças no Jornal da Globo são notórias e gritantes. Um dos mais tradicionais telejornais do Brasil, o JG (como já é chamado na emissora) está mais informal e musical. Antes da estreia do novo cenário, os enquadramentos eram fechados e os apresentadores nem se olhavam, mas hoje já é visto com certa frequência a interação entre eles, embora as vezes seja inaudível.
O JG, na Copa, ficou mais informal ainda com a participação de Tiago Leifert com seu Central da Copa JG.
E a vinheta? É, a vinheta não mudou, não acompanhou. O jornal se aperfeiçoou, o uso do selo “JG” ficou mais aparente (e com efeitos de vidro), no entanto, como já estamos acostumados a ver, a Rede Globo se acovardou e teve medo de mudar.
Bruno Vanderley é estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas
domingo, 20 de junho de 2010
Esqueceram o "Bom Dia Praça" no tempo
O jornal é ótimo, isso é incontestável. Porém, no quesito identidade visual, esta já está vencida há muito tempo. E o pior é que não notaram e se notaram fingiram que não viram.
A vinheta está no ar há quase dez anos sem NENHUMA alteração. Em algumas afiliadas o selo de vidro da Globo ainda aparece no vídeo. A vinheta do “Bom Dia Praça” segue o mesmo padrão da vinheta do “Bom Dia Brasil”, este que em 2006 teve sua vinheta renovada. A Globo tem que tomar cuidado com isso, uma vinheta faz muita diferença.
Uma vinheta nova para o “Bom Dia Praça” já!
Vinheta que já passou de ser atual:
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense e estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília
sábado, 12 de junho de 2010
A Copa em vinhetas
Nem todas as emissoras entram na cobertura da Copa, mas todas se preparam para o que o povo quer ver e ouvir. Hoje em dia as concessões para transmissão são limitadas, sobretudo pelo fator econômico, muito embora no último Mundial a exclusividade tenha sido da Globo, o que entendemos ser algo como "concorrência desleal" frente a outras emissoras que, quando muito, tinham imagens cedidas pela transmissão oficial. As que não conseguem ser vitoriosas na disputa, pelo menos, dão destaque à competição com o que podem, como forma de entrarem, de alguma forma, na transmissão do evento. Afinal, é preciso vender, ainda mais se o Brasil vencer.
A analogia mundial - mundo - bola de futebol é a mais presente. Daí o que vem em seguida? Os países componentes da Copa. Não dá para fugir muito desse trio de fatores. No vídeo a seguir isso se torna bastante evidente. Algum destaque se dá a jogadores animados.
Desde 1978 a Globo inova com tomadas que fazem a associação bola/mundo, ainda na época do truca. A de 1982, aquela fatídica Copa da Espanha, foi além, e passou do mundo ao estádio, como dando a mensagem da Copa via satélite. Dali em diante, até mesmo pelas razões econômicas, as de 1986 e 1990 foram mais simples - para os padrões globais, chega a soar ridícula a animação de um jogador sem joelho na vinheta de 1990, afora a trilha que faz lembrar muito o tema de chamada de 25 anos da casa. Já em 1994 a Globo mostrou um jogador com consistência de vidro, algo bem mais aprimorado, e que achei sensacional à época. Em 1998 foi bem mais simples, mas a ideia de destacar os países foi bem aproveitada. Agora, as de 2002 e 2006 foram a chamada "marca da exclusividade", com um "Globo" bem mais destacado do que o nome do evento, propriamente dito. A emissora até que teve uma vinheta preliminar em 2006, diferente, que trazia o slogan "Copa 2006", mas logo em seguida passou ao "Globo na Copa", consagrando o monopólio de imagens do evento, o que causou um dissabor mais que evidente nos outros canais. Era um marasmo só assistir a qualquer informação num SBT, Record ou mesmo na Bandeirantes, o "Canal do Esporte" no passado.
Já em relação à de 2010, tenho que discordar de alguns amigos. A Globo caprichou, ao menos no aspecto visual e na mensagem que ela quis passar. Além de um movimento das jogadas, da emoção das partidas, as cores usadas remontam bem à África, bem destacada na bola que se tornou o logotipo oficial. A trilha, que tem acordes vindos de instrumentos de percussão típicos da África, completam o conjunto.
Quanto aos demais canais, as vinhetas seguem um padrão convencional, pois não há muito como fugir do que já foi trazido em matéria de design, sobretudo pela Globo. E também não compensa a outros canais investirem em trabalhos tão bem acabados, sendo que o principal produto, o jogo, acaba ficando nas mãos de três emissoras brasileiras e seus conglomerados.
Mais do que nunca, a Copa se tornou um comércio menos futebolístico e mais... dinheirístico. Tomara que pelo menos o Brasil saia vitorioso, o que alguns veem com ceticismo.
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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Plantão da Globo, tensão no ar
Criada por Hans Donner, a vinheta assusta porque está associada a uma notícia ruim. Assusta também pois como ela entra no ar sem aviso prévio, sua trilha fica impactante.
Eu sempre tive medo do “Plantão da Globo”. Quando vejo a vinheta com os microfones voando chego a me arrepiar. E não é exagero meu. Sempre me assusto quando a vinheta entra no ar, do nada. Primeiro porque quando assisto TV fico disperso, e segundo porque sei que vem notícia ruim por aí. Tenho certos cuidados de assistir a Globo em dia que vejo que pode ter um “Plantão”. E eu não sou o único! No Orkut exite a comunidade “Eu tenho medo do Plantão” com mais de 450 mil pessoas.
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense e estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
What?
É até difícil fazer uma análise dessa abertura, porque pra mim não há lógica, não há coerência. Nos quadros 1 e 2 (foto acima), labirintos se formam lembrando as formas de objetos do hardware de um computador, fazendo-me acreditar que tal vinheta se encaixaria melhor na abertura de um programa sobre tecnologia.
A logomarca da emissora mudou, o telejornal ganhou mais tempo e a vinheta nunca foi reformulada. Será que estão satisfeito com ela?
É inegável que ela é ágil, chama a atenção do telespectador e já dá ritmo ao telejornal (especialmente por sua trilha), mas não dá para compreendê-la.
Bruno Vanderley (20) é estudante de Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade Federal de Alagoas. Siga-o no Twitter
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Novo "Jornal da Band"
E o “Jornal da Band” mudou. No meu outro artigo eu sondava isso, embora não tivesse absoluta certeza. Mas vamos à minha análise pessoal sobre as mudanças.
Vinheta de abertura/ logotipo: Agora com as cores prata e azul, a vinheta ficou mais moderna e seguiu o estilo da anterior utilizando a figura do mundo como elemento.
A vinheta tem integração com o cenário que surge após um close na figura do mundo que sai de quadro.
O logotipo sofreu poucas alterações, possui uma pequena forma tridimensional.
Trilha: Sem grandes alterações, mas o novo arranjo é bonito. Como a trilha anterior, dá uma sensação de imponência.
Cenário: Pecou pelo exagero. Talvez tenha sido na minha opinião a decepção do conjunto de mudanças. No artigo anterior eu comentei que não gostava do cenário porque ele era muito quadradão. O novo cenário tem excesso de formas. A proposta foi legal, mas ficou parecido com o interior de uma nave espacial. Há grandes tubos no teto e a bancada tem uma forma diferente.
Confira abaixo o vídeo com o novo “Jornal da Band”
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense. Estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília.
sábado, 22 de maio de 2010
Algo estranho com o "Jornal da Band"
Será que um novo cenário está vindo por aí? Tudo leva a crer que sim. O atual cenário estreou em 2008 juntamente com a vinheta que está no ar atualmente. Minha crítica pessoal ao cenário do “Jornal da Band” é que ele é muito quadrado. Na verdade parece mais um “caixotão”. E digo mais, parece mais um quarto ou uma sala. Mas tem um porém, é elegante. Se eu fosse da equipe de cenografia da Band, faria um cenário com a mesma programação visual, mas com uns traços mais modernos, uma coisa mais agradável de se ver.
Enquanto a esse suposto novo cenário, só o tempo dirá se ele virá mesmo.
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense, estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda.
domingo, 16 de maio de 2010
Jingles nos primórdios
Há músicas que ficam tão impregnadas no consciente coletivo que, automaticamente, estão associadas a determinado produto jornalístico. Qualquer que ouvir os acordes da "The Fuzz" reconhece, na hora, o tema sonoro do Jornal Nacional. Há aqueles que têm medo não dos gráficos, mas da trilha sonora do Plantão da Globo. Outros, ao navegarem no Youtube, deparam-se com vinhetas estrangeiras mas com melodias que também são tocadas aqui no Brasil: tal é o caso da "Freedom of Expression", da banda estadunidense Jim Bowen Pickers, mas que por aqui é conhecida como o tema do Globo Repórter.
Pois bem, no estrangeiro a TV - e consequentemente suas vinhetas telejornalísticas - circulam há várias décadas no ar. Há emissoras por lá, como a NBC dos Estados Unidos, que têm quase 80 anos de idade. Naturalmente, seus principais noticiários já guardam muitas histórias. E, de acordo com o gosto popular da época, os temas das trilhas que os jornais adotavam ou remontam, ou são pura música clássica. A característica solene é que dá a nota para a seriedade de um telejornal, e isso foi muito usado nos primórdios, a menos que a notícia - ou a imagem do canal - fossem mais leves, joviais, próximos do público-alvo.
Nesse sentido, separo três muito marcantes, tocadas nos tais "primórdios". A primeira é da NBC dos Estados Unidos, que mantinha seu tema, o 2º Movimento da 9ª Sinfonia de Beethoven, como a abertura e o encerramento do "The Huntley-Brinkley Report", absoluto em matéria de noticiários de 1956 a 1970, quando foi substituído pelo Nightly News, o principal telejornal da casa. Acompanhe o tema e, logo abaixo, outro vídeo com o tema completo.
A segunda é da rede inglesa ITN, longa, usada durante duas décadas em seus telejornais e bastante alegre.
A terceira é da BBC de Londres, uma música clássica intitulada "News Scoop" executada por The Symphonia Orchestra, e que possui elementos de um dobrado militar, por conta de sua cadência.
Essa tendência ainda perdura, pois vários dos jingles atuais têm inspiração clássica, ou são de fato música clássica. Ainda falaremos dos atuais que são verdadeiras sinfonias, e que trazem o caráter solene e firme de um telejornal.
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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Afiliadas globais mudam seus cenários
A TV Gazeta, afiliada da Rede Globo em Alagoas, está se preparando para oferecer aos telespectadores o conforto de assistir sua programação em HD.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Sobre a troca de um cenário
Nenhum programa tem seu cenário mudado por pura vaidade digamos assim; primeiramente é um respeito com o telespectador a renovação do aspecto visual.
A troca deste cenário é muito estudada e feita com muita cautela. Todo programa tem sua identidade visual, isto é, traços que são suas características principais. O cuidado com os elementos que farão parte de um novo cenário é primordial porque a tendência é sempre de fazer algo melhor, seja algo mais “clean” ou mais moderno.
Nunca nenhum cenário novo vai agradar a 100% dos telespectadores. Embora feito com muito detalhamento, nesse meio há muitos erros e acertos que podem ser corrigidos com o passar do tempo ou até mesmo por meio de reclamação do telespectador.
Ivo Pereira, 18 anos, Brasiliense e cursa Comunicação Social - Publicidade e Propaganda.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Terra arada no Globo Rural
O cenário, conforme visto ao lado com os apresentadores Helen Martins e Nélson Araújo, ficou mais "clean" e moderno, sem aquelas montagens típicas de cenários da Globo São Paulo, com um amontoado de placas de metal e plástico, tal como era o antigo. Mostrou também que a Globo ainda pode fazer bons cenários tirando a "ditadura da redação", que a nosso ver contribui para que certos programas não sejam tão leves quanto podiam. O Hoje, por exemplo, poderia ser tranquilamente em estúdio, mas a pressão para que ele se equipare ao jornalismo hard do Jornal Nacional, faz com que ele também seja transmitido diretamente da redação.
O que se torna interessante notar é o padrão de cores utilizado que, baseando-se na explicação da própria Helen Martins, prioriza os quatro elementos fundamentais da natureza (água, fogo, terra e ar) para transmitir essa sensação de integração com o ambiente principal do programa.
Numa tomada mais panorâmica, vê-se que a editoria de arte caprichou nas técnicas de iluminação e passa, com realismo, cores naturais do ambiente rural. Destaque para o azul da bancada, com uma tonalidade jamais vista - sequer na do Jornal da Record...
Assim, dando continuidade à revelação, em primeira mão, das novidades do Globo Rural, parabenizamos a equipe de produção, a editoria de arte e cenografia, o videografismo - que por sinal produziu muito boas identificações de repórter e entrevistados, apesar dos já ultrapassados caracteres "wide" que a Globo São Paulo insiste em usar - e esperamos que esse cenário perdure por bastante tempo. E certamente o vai, pelos próximos 10 anos.
* Nosso colunista Ivo Pereira colaborou com este artigo, cedendo gentilmente reproduções de tela do novo programa.
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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
terça-feira, 4 de maio de 2010
Tentei te entender
Sempre que vejo essa vinheta na tela da Record, fico tentando imaginar o que seus criadores quiseram passar aos que assistem, mas nunca consegui decifrar. Para ser sincero, nunca consegui decifrar o que as vinhetas de telejornais da TV Record pretendem e isso é lamentável, pois as trilhas utilizadas por essa emissora costumam ser de bom gosto.
Quanto a vinheta do Fala Brasil, as cores adotadas são aceitáveis para um telejornal matutino, mas a combinação é pobre e sem graça, antecipando ao telespectador o que ele vai encontrar depois que a medonha vinheta for ao ar.
Como disse, a Record costuma ter bom gosto em suas trilhas - e a do Fala Brasil é interessante -, mas não é pertinente àquele horário, quando as pessoas ainda estão despertando. Veja:
Bruno Vanderley é estudante de Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas.