sexta-feira, 30 de abril de 2010

Twitter do Fantástico: Ganhei um RT!


Ontem à noite no twitter, o usuário FlavioGelschyn (@FlavioGelschyn)que eu sigo, direcionou a seguinte mensagem ao twitter do programa "Fantástico" (@showdavida):

"@showdavida Tá na hora de mudar o avatar pro novo logotipo do programa, hein!! "

Quando eu vi, achei interessante e dei RT pois realmente o avatar estava desatualizado, com o logotipo antigo ainda.

Passados alguns minutos o avatar foi trocado para o logotipo novo e juntamente com o Flávio, que foi quem escreveu a mensagem, ganhei um RT também:

" @showdavida Mudado! Valeu pela ajuda! RT @ivopereira @FlavioGelschyn @showdavida Tá na hora de mudar o avatar pro novo logotipo do programa, hein!! "

Eu fiquei muito contente deles terem lido a mensagem que eu ajudei a divulgar, pois o twitter do "Fantástico" tem mais de um milhão de seguidores, e a proporção de "mentions" a cada segundo deve ser monstruosa.

Claro, todo o mérito deles terem trocado o avatar foi do Flávio. Eu só o ajudei divulgando.
Mas é muito bom receber um RT, principalmente se ele vier de um programa tão respeitado e clássico na TV brasileira. Nessas horas podemos refletir o quanto a tecnologia nos proporciona interatividade.


Ivo Pereira, 18 anos, Brasiliense e Estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda.

domingo, 25 de abril de 2010

Globo Comunidade, a revista eletrônica local

O Globo Comunidade é um jornalístico da Rede Globo exibido aos domingos às sete da manhã. É produzido por algumas afiliadas, dentre elas a Globo Brasília, com a apresentação de Márcia Witczack. Foi criado em 1993 e é um jornalístico que como o nome já diz, é feito à serviço da comunidade, abordando vários temas.
Suas vinhetas de abertura que tinham 0:08 segundos em média, atualmente possui 0:03.
Para mim, essas vinhetas possuem “cara” de domingo. Quase todo domingo vejo o programa.

Vinhetas de aberturas:

1993:


2004:


2005:



2008:


Ivo Pereira, 18 anos, Brasiliense. Acadêmico de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Novidades no Globo Rural

Atenção: em primeira mão podemos divulgar que tudo muda, neste domingo, no Globo Rural. Abertura, cenários, tudo vai virar "terra batida" e nova arte, pelo que esperamos, vai dominar os programas diários e o dominical.

De fato, o Globo Rural precisa há tempos de uma repaginada. A vinheta de abertura não existe, praticamente, senão se limita a mostrar detalhes do campo, entremeados (às vezes) por faixas verdes que complementam imagens de agricultura e pecuária. Para um programa com a qualidade que a Globo tenta inserir há tempos na tevê brasileira, já está mais do que na hora.

Esperamos que essas alterações contaminem o programa seguinte, o Bom Dia Praça, que desde 2000 não muda as vinhetas - que ainda possuem, pasmem, o símbolo de 35 anos da Globo, aquele de vidro! - e reaproveita o cenário dos Praça TV por economia de espaço.

Enquanto isso, confira algumas das aberturas históricas do programa:







E esse que é o tema clássico do programa, da vinheta de 1989, a canção "Luzeiro" de Almir Sater:



Esperamos que a editoria de arte capriche. Acredito que vai ser bem bacana, pois a equipe de São Paulo, principalmente, tem "mandado bem" nas vinhetas que assina e nas artes gráficas que elabora. Logo estaremos postando essa vinheta nova do Globo Rural.

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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A descoberta do meu gosto por vinhetas: Globo Repórter, nos embalos dos anos 90.

Nasci em 1991. Os melhores anos da minha infância se passaram na década de 90.
Eu sou do tipo que leva tudo para o lado poético, pro lado onde tudo tem algum valor de lembrança de um tempo ou momento.

1997/1998: Eu era uma criança que dormia cedo, no máximo às 21:00 eu já estava na cama. Mas havia vezes que eu ficava acordado até mais tarde. Essas vezes aconteciam na casa da minha amada e saudosa avó. Final de semana na casa dela era sempre agitado. E isso começava na sexta à noite. Quase todo final de semana era assim. A casa da minha vó, era o "point".Filhos e netos sempre se reencontravam lá. E nesses reencontros não tinha jeito, sempre acontecia uma festa. As festas eram embaladas com hits dos anos 90 que reconheço até hoje com muita saudade. Meus primos eram adolescentes e jovens enquanto meus pais e tios beiravam seus 30 e poucos anos. Eu sou da penúltima geração de netos, portanto era criança ainda.

Durante essas festas, eu ficava na sala com meus primos da mesma faixa etária que eu deitados ao redor de minha avó, alguns dormindo mas eu me mantinha acordado. Me mantinha acordado para ver a vinheta do Globo Repórter. Aquela trilha mexia comigo. Ao fundo, os hits dos anos 90, e na minha frente aquela vinheta de cores escuras e de trilha que me dava prazer em ouvir. Não sei se é exatamente isso, mas naquele tempo eu já sentia nostalgia de tudo aquilo. É estranho, é complexo.

O ambiente também contribuía para que eu tivesse aquela sensação. A sala,, com as luzes apagadas, e a TV refletia no espaço as cores da vinheta. Lá fora, eu só via as sombras das pessoas na festa. Foi naquele momento, que eu percebi que eu gostava de vinhetas. Esse gosto já existia, mas eu não entendia.

Em 1998 minha avó faleceu e a família de certa forma se desintegrou. Nunca mais aconteceram essas grandes festas que varavam a noite.
Mas foi a partir daí que comecei a observar vinhetas com outros olhos.
Até hoje quando ouço a trilha do Globo Repórter, tenho nostalgia daquele tempo.

Algumas das vinhetas do "Globo Repórter" nos anos 1990:



1998:




Ivo Pereira é brasiliense, tem 18 anos e é acadêmico de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília.

Finalmente, a trilha especial

Ontem, de fato, foi um dia especial para o Brasil, e teve uma merecida homenagem do Jornal Nacional: os 50 anos de Brasília. Durante a semana, e por todo o feriado de quarta-feira - que marca uma data tão importante quanto a inauguração de nossa capital federal, o dia de Tiradentes - muitas imagens, cores, sons de Brasília. E no final de mais um JN, a tão famosa e rara trilha especial.



Essa trilha foi ao ar originalmente no distante ano de 2003, na posse do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Na verdade, a que foi tocada ontem pelo JN é uma mistura da trilha de escalada, com a de abertura propriamente dita. Esse vídeo demonstra o que acabamos de dizer:



Posso dizer que foi uma surpresa. Essa trilha rara tocou em grandes eventos: além da posse do atual presidente, a Globo a inseriu quando houve o atentado terrorista a Madri (11/03/2004) e a morte do papa João Paulo II (02/04/2005) e a omitiu em diversos outros momentos, que poderiam merecer um grande destaque através desse fundo musical. Aparentemente, alguém na Globo vetou essa trilha, tão aguardada na mudança do telejornal pelos seus 40 anos, em setembro último. Seus acordes só são executados na trilha de fundo de oferecimento do JN.

O tom imponente, embora executado com os famosos sintetizadores eletrônicos, é a marca dessa trilha especial. Os arranjos clássicos, entretanto, não são novidade, pois foram usados até pelo SBT, no Jornal do SBT em tempos de Lillian Witte Fibe, e pela Band, no seu Jornal da Band (2005). No exterior, são comuns, e uma delas, a mais famosa, é a "The Mission", que durante 25 anos foi a base dos principais telejornais da NBC News dos Estados Unidos, composta e executada por nada menos que John Williams, maestro que assina trilhas como as do filme "ET - o Extraterrestre" e a sequência de "Indiana Jones" para o cinema.



Penso também na questão de se adotar uma trilha como a especial, todos os dias, no Jornal Nacional. A situação é que a atual já está bem desgastada, tem mais de 20 anos e não combina mais com o grafismo e a qualidade imprimida pela Globo em seu principal telejornal. Lamentavelmente, a emissora ainda é conservadora em se tratando de mexer no seu produto mais rentável, além de temer uma possível fuga de telespectadores por não reconhecerem o momento de início do JN pela sua trilha sonora e, claro, o temor velado pela concorrência, sobretudo com o Jornal da Record. A trilha, ainda com acordes um tanto sintetizados, já foi usada em 3 fases consecutivas do JN: dá para se lembrar de Cid Moreira e Sérgio Chapelin anunciando os destaques do noticiário com a mesma música que baseia a leitura de William Bonner e Fátima Bernardes, todas as noites.

O único problema dessa trilha especial é a forma como foi gravada: entendemos que, por praticidade e economia, as emissoras preferem editar suas trilhas à base de teclados e outros instrumentos sintetizados. Mas, por que não contratar uma orquestra para revitalizar todas as trilhas da casa? Já tentaram fazer o mesmo com o Jornal Hoje, mas a trilha não pegou, durando alguns meses somente:



A Globo poderia inovar, passar mais credibilidade aos seus produtos, e fazer trilhas melhor elaboradas. Estrutura tem, profissionais gabaritados também. O que a impede? Medo de que a receita "desande"? E o histórico "compromisso com a qualidade"? Será que as trilhas e vinhetas teriam que ter cara "povão" para atrair o telespectador?

Pedimos aqui: trilha especial sempre, JN!
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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter

Do Sul do Brasil...

Bom dia, boa tarde e boa noite a todos! Sou Giorgio Rosso Guedin, falo de Santa Catarina e também no Rio Grande do Sul...

Sempre gostei e estou estudando jornalismo e gostar das trilhas e vinhetas é apenas uma consequência... Por estar no Sul, temos a presença da RBS TV, que geralmente possui ótimas vinhetas, a minha predileta é esta: RBS Notícias 2000-2005:


Em se tratando das trilhas nacionais, sem sombras de dúvidas, a melhor é a do Jornal da Globo 2000-2005 :

Infelizmente o vídeo acima é uma cópia 'bem passada' de um vídeo que já havia publicado há um certo tempo, porém meus canais do YouTube foram deletados. É a única versão disponível.
A meu ver, vai demorar um bom tempo para termos uma vinheta com qualidade que subistitua esta.

Grande Abraço a todos!

Giorgio Rosso Guedin é natural de Criciúma onde viveu até os 16 anos na cidade e onde atualmente passa as férias. Morou em Florianópolis dos 17 aos 19 anos. Atualmente, aos 20 anos, é acadêmico de Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas - UFPel. Vive atualmente em Pelotas, mas sempre que tiver oportunidade, passa por Porto Alegre e Florianópolis. Apaixonado pelas mídias eletrônicas e convencionais. É diretor e editor de SulBRTV, o maior blog sobre a televisão sul-brasileira e, agora, colaborador da Vinhetas de Telejornais - o Blog!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Brasília, do traçado à realização: Minha Cidade do Coração.

Hoje é dia 21 de Abril de 2010. Brasília 50 anos. Peço licença para fazer uma homenagem à cidade onde eu nasci e onde eu moro.

Brasília, do traçado à realização.
Brasília, da simplicidade do verde aos refinados e complexos traços arquitetônicos.
Lembro-me Brasília, de quando eu corria por teu espaço aberto, quando eu não tinha preocupações, quando a inocência me fazia acreditar em estar no melhor lugar do mundo. Acho que não é inocência, mas ainda acredito que és o melhor lugar para se viver!

Lembro-me Brasília de cada passeio no Parque da Cidade, de cada visão linda da Torre, do medo de passar na plataforma da rodoviária em direção ao Conjunto Nacional, de todas as caminhadas até a Praça dos Três Poderes e do céu da Esplanada que me dá um horizonte que eu jamais vi igual.
Lembro-me Brasília, de minha curiosidade e espanto ao me deparar com teus monumentos.

Lembro-me Brasília, de quando o Setor Policial Sul eu freqüentava, na proteção de meu pai, também um brasiliense nato que me ensinou a admirar cada ponto de suas limitações.

És Brasília do Plano Piloto às cidades-satélites. És Distrito Federal.
Brasília, cidade que me viu nascer e crescer. Quero que conheça meus filhos, e os abrigue nas tuas asas de mãe protetora. Brasília, fusão de sotaques e culturas. Brasília, cidade do povo brasileiro. Brasília, a capital do Brasil.

Tenho orgulho de ser fruto da tua terra!
Hoje te parabenizo pelos 50 anos dos quais 19 deles eu faço parte.
Brasília, te declaro o meu amor eterno. Em tuas terras desejo ser sepultado, para enfim repousar no teu solo sagrado.
Te amo incondicionalmente minha Brasília.


Ivo Pereira
Brasiliense, 18 anos, Estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Bom dia, de Brasília

Uma das minhas lembranças de infância se passa na praia, quando acordávamos bem cedo para irmos em família nos divertir. Era 1985, tempo em que o noticiário fervilhava por causa da redemocratização (plena) após o governo cívico-militar, que colocou o País nos eixos democráticos mas que não conseguiu, ao final, suportar a galopada duma inflação que tornou os anos 1980 a "década perdida".

Pois bem, como meu pai fazia logo cedo, ligava a TV do quarto. E lá estava Carlos Monforte em seu "Bom Dia Brasil", com muitos convidados ilustres, com o café-da-manhã com políticos famosos - até hoje me lembro do "cabelão" da Délis Ortiz à mesa com Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda - e de Delfim Netto sendo entrevistado bem cedo, antes de ir ao trabalho no governo. O jornal tinha um tom solene, até um pouco fúnebre. Era muito "adulto" para uma criança de 8 anos de idade.

Achava interessante, entretanto, a abertura e a trilha sonora. O "Bom Dia" desfilando na tela, girando, até que surgia o mapa do Brasil iluminado de verde e amarelo no centro. Aquelas camadas todas que aparentavam madeira - e eu, como criança, nem sabia que aquilo era feito por computador - e girava, sem mãos humanas! Note-se que uma criança daqueles anos não tinha a menor ideia do que eram modelos em terceira dimensão, nem sabia o que era, de fato, computação gráfica.



Já a trilha era interessante, pois ao final reproduzia acordes da "Aquarela do Brasil". Essa eu conhecia, especialmente através de desenho animado do Zé Carioca e de tê-la ouvido em alguma programação da TV, reportagem ou novela, não me lembro. Com os olhos de hoje, vejo que era uma produção meio precária, que procurava seguir os padrões globais à distância: produzia um telejornal de rede na capital federal, às 7 da manhã, com recursos de uma emissora local, de recursos um tanto modestos. O cenário, pelo que soube, foi produzido no Rio e levado para Brasília. Os repórteres e jornalistas contratados na capital da República. A vinheta e trilha - que ficaram no ar por longos 11 anos, e nós aqui do blog reclamando dos 10 anos da vinheta dos Bom Dia Praça, na nossa enquete - assim como outros detalhes de produção, todos vindos da matriz. Olhando com as impressões de hoje, dá para se perceber que a Globo tentou, apesar de "poderosa", fazer o melhor que pôde naqueles duros anos de hiperinflação. Essa fase durou até 31/03/1996, quando Luiz Carlos Braga apresentou a última edição direto de Brasília, com a sobriedade do bom profissional que é, e que dia seguinte era aberto por Renato Machado e Leilane Neubarth direto do estúdio carioca, com uma vinheta repaginada - pelas trilhas sintetizadas, subentendido - e produção ainda em testes.

Interessante era aquele locutor de voz igualmente fúnebre que anunciava no dia anterior, ao encerrar o Jornal Nacional: "Amanhã o Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento, Maílson da Nóbrega, é um dos entrevistados do Bom Dia Brasil, às 7 da manhã". Outros tempos, em que não se entendia bulhufas do noticiário político, mas que pelo menos era constantemente documentado pelos repórteres, e direto do centro das decisões mais importantes do País.

Pensei neste documentário como uma singela e indireta homenagem a um jornal feito na nossa querida capital federal, que dia 21 completa 50 anos de existência. Que tenhamos o espírito empreendedor de seu criador, JK, que se mostrou um dos maiores brasileiros do século XX. Lutou, perseverou, e construiu Brasília no meio do cerrado. No meio do nada.

Parabéns, Brasília. Que na tua terra haja mais decência. Que sejas tão bela e imponente quanto teu Eixo Monumental. Monumental, como deve ser nosso Brasil.
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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Azul? Amarelo? Laranja?

Quando se compõe uma identidade visual, todos os elementos são importantes. Ainda mais após o advento da TV a cores, para nós brasileiros no início da década de 1970, as vinhetas já vinham no novo padrão, até mesmo para surpreender os telespectadores.

Pois bem. Alguns podem se perguntar sobre quais elementos se fala numa vinheta. Reconheço não ter formação na parte de comunicação visual, ou em áreas correlatas, como nosso colunista Ivo Pereira - que teria muito mais propriedade em falar algo mais profundo, como o fez em artigo passado - mas é possível que indiquemos alguns pontos a respeito de uma identidade visual, que compõe qualquer telejornal. Primeiramente, o aspecto avançado, para passar o máximo de credibilidade sobre o tema tratado, a notícia; segundo, os "efeitos especiais" e por isso tantas vinhetas possuem barulhos, estrondos, flashes luminosos. Um deles, entretanto, é interessante: o padrão de cores usado numa vinheta de telejornal.

Interessante notar que boa parte dos canais - seja pelo vício de cópia ou não, nunca se sabe, mas se desconfia - adotam padrões parecidos. Jornais noturnos, cores escuras; jornais vespertinos, cores mais claras; jornais matutinos, cores mais quentes. Haveria uma razão para isso? Pensamos que sim.

Uma vinheta "quente" combina com a luz do sol, com o calor do momento. Uma mediana, com o início da tarde, e uma mais escura quando as luzes estão mais claras. Reparem nas tonalidades utilizadas por diversos dos telejornais que estão atualmente no ar: elas seguem esses padrões aparentemente padronizados, justamente para se identificarem com o momento do dia em que estão sendo exibidos. Afinal, chega até a causar desconforto se uma vinheta como a do Jornal Nacional tivesse as mesmas cores da do Bom Dia Brasil, quentes, que refletem o sol, como se a televisão pudesse "acender" a sala por um momento. Da mesma maneira que nas casas se evita uma lâmpada mais clara em ambientes como a sala-de-estar, assim entendemos que o padrão gráfico televisivo pensa de forma parecida.

Daí que o logo e a vinheta do JN pode até ter uma "pitada" de vermelho, mas sempre será azul - ou uma cor mais escura, talvez. Assim como a do Jornal da Record, da Band - que mistura cores típicas de entardecer - e a mais recente do SBT Brasil, que é praticamente "preto-no-branco". Outros abusam de tonalidades claras, como a mais recente do Fala Brasil, da Record. A dos jornais quase na madrugada, uma cor ainda mais sombria, como o roxo do Jornal da Globo.




Evidentemente ao falar disso não podemos nos ater ao padrão do passado, com vinhetas mais simples e padronizadas, como eram as da Globo - basicamente o logo da emissora e uma letra em face Futura para identificar o jornal - ou como a do Jornal do Almoço (RBS-TV) de meados da década de 1990, que eram mais produto de uma inovação gráfica do que de um conceito.

Com isso, notamos que todo o padrão cromático advém de um contato maior com o que o público deseja ver, com todo o conforto e praticidade que o telespectador espera de um telejornal. E, claro, a embalagem - trilha, vinheta, cenário e apresentadores - têm que estar corretamente ajustados.

Ainda sobre esse assunto, futuramente procuraremos analisar algumas vinhetas que deram certo, e outras que foram verdadeiros fracassos televisivos. Um deles já aponto, para dar o gostinho: a do Jornal Hoje, entre 2001 a 2006, com aquele horroroso logotipo de mapa-múndi feito às pressas.

Um abraço.
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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter

terça-feira, 13 de abril de 2010

A sigla como logotipo de um telejornal



Nomes de telejornais costumam ser diretos. Na maioria dos casos possuem apenas duas palavras. Mas mesmo com um nome tão pequeno há a necessidade de mais uma redução. É aí que entram as siglas. No caso dos telejornais concordo que a sigla tem mais a função de um signo, pois graficamente aquilo representa um desenho ou uma marca registrada do determinado programa na mente do telespectador. Na área de comunicação, a sigla de um telejornal pode ser discutida entrando no campo da semiótica.

Jornal Nacional, Jornal Hoje e Jornal da Record são exemplos de telejornais que seus logotipos são siglas. Os telejornais da Rede Globo citados acima usam siglas desde suas estreias. Com o passar dos anos, essas siglas se tornaram marca registrada, e a partir dessa base foi construída uma identidade visual. O Jornal Nacional é conhecido como “JN” (como ele é representado graficamente). Já o Jornal Hoje, apesar de seu logotipo ser a letra “H”, não é do costume do telespectador chamá-lo somente pela letra. Na Globo ainda temos o “Jornal da Globo” que usa o logotipo “JG” apenas nos paineis que compõem seu cenário.

No caso do “Jornal da Record”, o “JR” começou a ser adotado nos anos 90 e hoje o telejornal possui um certo reconhecimento por essa sigla, mas nada que se compare com os telejornais globais que já utilizam há mais tempo.
Siglas são representações mais que diretas, a sigla como logotipo de um telejornal faz o papel de elemento principal. Mas chega por aqui, uma reflexão maior sobre siglas partiria para vários lados, da semiótica à estética. É isso!
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Ivo Pereira
Brasiliense, 18 anos, estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda
Twitter: @ivopereira

Quando o velho é mais atual


Nem sempre o novo - o jovem – é mais belo, mais atual, exemplo disso é a atual vinheta do Praça TV (telejornais locais da Rede Globo). O balé empolgante, com impactantes “TVs” vindo em direção da tela, foi substituído pelo empilhamento do que seriam placas de acrílico. A logomarca também ficou com um ar de amadorismo.
Atualmente a Rede Globo está mudando seus telejornais locais, deixando-os mais informais, mas - como já tem virado regra – não vem dando a devida atenção às vinhetas, aos caracteres. E a nova trilha do RJTV (também adotada pelo NETV)? Nada sincronizada com o que vemos no vídeo. Não precisava estragar o que estava bom.

Clique aqui e veja a nova abertura do RJTV

Bruno Vanderley é estudande de Comunicação Social - Jornalismo pela UFAL.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Surpreenda-me


Como todos sabem o Jornal Nacional, há pouco, comemorou seus 40 anos de existência. A importância história do telejornal é inegável e o formato mais “engessado” – embora tenha sido remodelado – ainda consegue prender a atenção do público.
Incomoda, ao assistir um telejornal como esse, o desprezo dado às vinhetas. As de intervalo são simples e a inicial sequer existe. Logo o JN que tinha uma vinheta animadora que transmitia a agilidade e o dinamismo da notícia, do Jornal Nacional.
Vale destacar que o telejornal de maior audiência do Brasil tem o chamado “padrão visual” bem arcaico e a trilha cansada, muito usada.
William Bonner, no comercial que anunciava a estreia do novo JN, disse que iríamos nos surpreender. Ainda hoje espero ser surpreendido.


Bruno Vanderley é estudante de Comunicação Social – Jornalismo (UFAL)
Twitter: @brunovanderley

Prazer, sou Bruno Vanderley.

É com muita alegria que aceitei o convite do Ivo Pereira para fazer parte dessa equipe, especialmente porque não sou nenhum expert em vinhetas, apenas sei apreciá-las. Espero poder ajudá-los no que for possível. Sinto-me honrado em fazer parte dessa equipe de craques.
Tenho 20 anos, sou estudante de Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas.

domingo, 11 de abril de 2010

A nova cara do "Fantástico"



Na semana passada, o “Fantástico” exibido pela Rede Globo desde 1973 entrou no ar com um visual diferente. Finalmente depois de 15 anos o programa ganhou uma vinheta de abertura de aproximadamente trinta segundos. De 1995 para cá, o que tivemos foram vinhetas muito curtas, algumas chegavam a ter nem dez segundos.

A nova vinheta do “Fantástico” utiliza o conceito de elementos. Utilizando imagens sobrepostas dentro do nome “Fantástico”, assim se desenvolve a vinheta. As imagens já foram usadas em um comercial comemorativo do programa em 2008. O logotipo ficou mais “fechado” e ganhou um novo esquema de cor e brilho. Além do mais, o logotipo surge em um esquema onde ele "entra" na tela.

Confira o vídeo da nova vinheta do “Fantástico”

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Ivo Pereira
Brasiliense, 18 anos, estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda
Twitter: @ivopereira

Além da paixão - Minha história com vinhetas

Hoje é uma data emblemática para quem é aficcionado por vinhetas de telejornais no orkut: é o momento em que celebramos cinco anos da criação daquela que já passou para a História como a pioneira sobre o assunto nesse site de relacionamento.

E como surgiu a ideia de se formar esse espaço? Para isso eu teria de remontar ao início da década de 1990, mais precisamente em 1991. Como telespectador paulista da Rede Globo, assistia assiduamente à programação local da época, que contava com o noticiário "SP Já", o pioneiro, no período da tarde, a apresentar notícias locais com o jornalismo nacional e internacional. Nem desconfiava que a Globo, em rede nacional, exibia alguma coisa diferente. Com os conhecimentos de um adolescente que pouco viajava, pensei que aquele antigo "Jornal Hoje", apresentado por estrelas como Leda Nagle, Márcia Peltier e diversos outros, havia sumido da Globo em 1990.

Para minha surpresa, eu estava no hall de um hotel na praia, litoral paulista. Às 13 horas de uma bela tarde ensolarada eu estava pronto para ver o SP Já e... Cláudia Cruz na tela? Cenário lilás? E... que "agá" rodopiando era esse na tela? Sim, o Jornal Hoje passava para o Brasil todo, e pela parabólica inclusive no litoral paulista. Achei aquele momento fascinante. No mesmo horário, dois programas distintos. Imaginei outros lugares, destinos, regiões do Brasil que eu só conhecia pelos atlas e livros de geografia, ou pela minha Enciclopédia Abril. Viajar. Poder conhecer lugares que iam além de um litoral paulista. Transpor Ubatuba e chegar a Paraty, no estado do Rio. E lá poder ver o Hoje, na televisão.

Nem preciso dizer qual é a vinheta de que mais gosto.



Isso tudo mostra como uma simples vinheta, como uma animação gráfica composta para abrir um telejornal, pode ser algo significativo na história de vida de alguém. Aconteceu na minha vida, pode acontecer na tua também. Será que alguma vinheta já te fez pensar diferente? Compartilhe conosco.

Um abraço.
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CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter

Sejam todos bem vindos!

Oi! Pra quem não me conhece, meu nome é Ivo (pra quem me conhece também hehe), tenho 18 anos e sou estudante de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda.
Muito feliz e realizado aqui estou. Neste meu primeiro post eu queria primeiramente agradecer ao Cleber pelo total apoio e pela ajuda. Obrigado também aos demais colegas (Giorgio e Bruno) por terem aceitado participar desse singelo blog.

Este blog tende a ser um “anexo” da comunidade para reflexões profundas (ou não) das vinhetas de telejornais.
Para mim, as vinhetas de telejornais não representam somente a identidade visual de um jornalístico, para mim as vinhetas são muito mais além disso. Cores, estilos, trilhas e formas. Tudo isso me interessa nas vinhetas. Aqui farei isso, darei mais a fundo minhas impressões sobre vinhetas.

Visite nossa comunidade no Orkut! http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=27525781
Lá você encontrará um fórum onde todos se respeitam, vídeos e curiosidades!
Vinhetas de Telejornais, 5 anos com você!

Ivo.