Com o advento da TV Digital ao Brasil, muitas emissoras se viram obrigadas a aprimorar suas logomarcas e desenvolver novas vinhetas de interprogramas.
Quando a cor chegou à televisão brasileira, as emissoras (principalmente a Rede Globo) abusavam do colorido, numa notória empolgação com a evolução obtida. O mesmo "fenômeno" está se repetindo, mas agora, além do uso exagerado das cores, o cromado se faz presente. É claro que as afiliadas não iriam ficar atrás.
RBS TV - Afiliada Globo em Santa Catarina
TV Integração - Afiliada Globo no interior de Minas Gerais
TV Mirante - Afiliada Globo no Maranhão
EPTV - Afiliada Globo no interior de São Paulo
Bruno Vanderley escreve de Maceió e é acadêmico de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas.
sábado, 31 de julho de 2010
Vinhetas regionais e a TV Digital
Marcadores:
eptv,
Globo,
rbs tv,
tv digital,
tv integração,
tv mirante
sexta-feira, 30 de julho de 2010
O Fantástico dos anos 2000
Passados os magníficos anos oitenta e os revolucionários anos noventa, o ano dois mil enfim havia chegado. Muitos acreditavam que naquele ano o mundo iria acabar, e havia quem dissesse também que aquele ano era o começo do apocalipse. Todos errados. O ano 2000 transcorreu de forma normal, trezentos e sessenta e cinco dias, doze meses e quatro estações no ano.
“Fantástico”, o show da vida. Nenhum outro programa da televisão brasileira é melhor para celebrar a vida, para retratar e noticiar a época vivida. O “Fantástico” é um programa para o mundo. Sua superioridade em relação aos outros programas é notável nos próprios cenários e em suas célebres vinhetas. Todas sob um conceito, sob uma fundamentação.
Indo mais direto ao ponto, nesse texto quero falar sobre a estética do Fantástico dos anos 2000. Na minha opinião, acredito que o programa, na década passada passou por um período de consolidação. O programa chegou ao topo, ao auge da sua vida. Muitos vão discordar de mim, dizendo que esse período aconteceu nos anos oitenta, mas eu penso que nos anos oitenta, o “Fantástico” vivia o momento do “boom”, foi quando o programa construiu sua imagem que é lembrada até hoje, e quando fez mais sucesso.
Voltando ao assunto, vou apresentar alguns cenários e vinhetas do “Fantástico” da década de dois mil.
Neste vídeo, o último bloco do “Fantástico” nos ano 2000. O cenário é todo em chroma key:
Em 2001, a vinheta que já estava no ar desde o ano 2000 ganhou uma nova trilha:
Vinheta de 2002:
Em 2003 um cenário diferente para o “Fantástico”, este continua com integração com logotipo. Através do efeito chroma key o programa era apresentado no ambiente de um espaço sideral:
Vinheta de 2003 (a data da descrição do vídeo está errada):
Para mostrar o cenário que estreou em 2005 e ficou no ar até 2007, um clássico vídeo da queda do brinco da Glória Maria:
Em 2007, o programa ganhou um novo cenário, que apesar de algumas ligeiras modificações de iluminação, é o mesmo de hoje:
A vinheta que ficou no ar entre 2005 até março deste ano:
E estas foram as vinhetas e os cenários que ambientaram o “Fantástico” nos anos 2000.
Nesta nova década, o “Fantástico” completará 40 anos de existência, e com certeza um cenário novo virá por aí, e aposto que será bem inovador. É só esperar pra ver.
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense e estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília. Gosta de ver e analisar a questão estética de um telejornal, suas vinhetas e seus cenários.
“Fantástico”, o show da vida. Nenhum outro programa da televisão brasileira é melhor para celebrar a vida, para retratar e noticiar a época vivida. O “Fantástico” é um programa para o mundo. Sua superioridade em relação aos outros programas é notável nos próprios cenários e em suas célebres vinhetas. Todas sob um conceito, sob uma fundamentação.
Indo mais direto ao ponto, nesse texto quero falar sobre a estética do Fantástico dos anos 2000. Na minha opinião, acredito que o programa, na década passada passou por um período de consolidação. O programa chegou ao topo, ao auge da sua vida. Muitos vão discordar de mim, dizendo que esse período aconteceu nos anos oitenta, mas eu penso que nos anos oitenta, o “Fantástico” vivia o momento do “boom”, foi quando o programa construiu sua imagem que é lembrada até hoje, e quando fez mais sucesso.
Voltando ao assunto, vou apresentar alguns cenários e vinhetas do “Fantástico” da década de dois mil.
Neste vídeo, o último bloco do “Fantástico” nos ano 2000. O cenário é todo em chroma key:
Em 2001, a vinheta que já estava no ar desde o ano 2000 ganhou uma nova trilha:
Vinheta de 2002:
Em 2003 um cenário diferente para o “Fantástico”, este continua com integração com logotipo. Através do efeito chroma key o programa era apresentado no ambiente de um espaço sideral:
Vinheta de 2003 (a data da descrição do vídeo está errada):
Para mostrar o cenário que estreou em 2005 e ficou no ar até 2007, um clássico vídeo da queda do brinco da Glória Maria:
Em 2007, o programa ganhou um novo cenário, que apesar de algumas ligeiras modificações de iluminação, é o mesmo de hoje:
A vinheta que ficou no ar entre 2005 até março deste ano:
E estas foram as vinhetas e os cenários que ambientaram o “Fantástico” nos anos 2000.
Nesta nova década, o “Fantástico” completará 40 anos de existência, e com certeza um cenário novo virá por aí, e aposto que será bem inovador. É só esperar pra ver.
Ivo Pereira, 18 anos, brasiliense e estudante de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília. Gosta de ver e analisar a questão estética de um telejornal, suas vinhetas e seus cenários.
Marcadores:
abertura,
cenário,
fantástico,
hans donner,
Rede Globo,
vinheta
segunda-feira, 26 de julho de 2010
As melhores vinhetas: Jornal Hoje 1986-1991
Pretendemos começar uma série hoje aqui: as melhores vinhetas, de todos os canais e de todos os tempos. Também vamos ter uma outra série, as "piores vinhetas"; aguarde.
Inaugurando a seção, aqui temos a vinheta do Jornal Hoje da Rede Globo, de 1986. Não estou fazendo uma associação com aquela outra, de 1991, que apontei como a que fez meu gosto por vinhetas vir à tona. Essa vinheta eu menciono como uma das melhores já exibidas pela casa.
Ela cumpre seu papel de retratar a mensagem do jornal. Mais do que apenas ser algo "plástico", bonito, para dar um começo ao noticiário, ela passa a mensagem de que o Jornal Hoje espalhará as informações pelos quatro cantos. Para isso exatamente a vinheta traz quatro "agás" sólidos que saem do conjunto principal, cada um com uma cor, inclusive o verde e amarelo. Um bloco, uma unidade, que está coesa do começo ao fim, como deve ser o bom telejornal.
A trilha, na minha opinião a melhor de telejornais de todos os tempos, transmite agilidade e dinamismo, algo que está acontecendo e chegando para o telespectador num bom formato. As cores do logotipo também são apropriadas para um jornal vespertino, combinando com o cinza do fundo, pois não se trata de um jornal matutino, com cores mais quentes. O cenário, à época, "entrava" na vinheta, sendo que a bancada reproduzia os "agás" da abertura, tanto no cenário de fundo quanto na bancada. Foi um salto de qualidade na emissora, até então com padrões que mais combinavam com a década de 1970, e que se viu forçada a mudar seus padrões por conta da concorrência trazida pela agora extinta Rede Manchete.
Detalhe é que essa vinheta foi uma das primeiras a ser produzida, de fato, em computação gráfica, seguindo os padrões das vinhetas do Jornal Nacional e do Fantástico, produzidas em 1983, que já substituíam o Scanimate, ou "truca".
Por essas características, temos a vinheta do Hoje de 1986 a 1991, como uma das melhores.
Em breve, traremos uma das piores. Para aguçar a curiosidade: ela também pertence à história do Hoje.
______________________
CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
Inaugurando a seção, aqui temos a vinheta do Jornal Hoje da Rede Globo, de 1986. Não estou fazendo uma associação com aquela outra, de 1991, que apontei como a que fez meu gosto por vinhetas vir à tona. Essa vinheta eu menciono como uma das melhores já exibidas pela casa.
Ela cumpre seu papel de retratar a mensagem do jornal. Mais do que apenas ser algo "plástico", bonito, para dar um começo ao noticiário, ela passa a mensagem de que o Jornal Hoje espalhará as informações pelos quatro cantos. Para isso exatamente a vinheta traz quatro "agás" sólidos que saem do conjunto principal, cada um com uma cor, inclusive o verde e amarelo. Um bloco, uma unidade, que está coesa do começo ao fim, como deve ser o bom telejornal.
A trilha, na minha opinião a melhor de telejornais de todos os tempos, transmite agilidade e dinamismo, algo que está acontecendo e chegando para o telespectador num bom formato. As cores do logotipo também são apropriadas para um jornal vespertino, combinando com o cinza do fundo, pois não se trata de um jornal matutino, com cores mais quentes. O cenário, à época, "entrava" na vinheta, sendo que a bancada reproduzia os "agás" da abertura, tanto no cenário de fundo quanto na bancada. Foi um salto de qualidade na emissora, até então com padrões que mais combinavam com a década de 1970, e que se viu forçada a mudar seus padrões por conta da concorrência trazida pela agora extinta Rede Manchete.
Detalhe é que essa vinheta foi uma das primeiras a ser produzida, de fato, em computação gráfica, seguindo os padrões das vinhetas do Jornal Nacional e do Fantástico, produzidas em 1983, que já substituíam o Scanimate, ou "truca".
Por essas características, temos a vinheta do Hoje de 1986 a 1991, como uma das melhores.
Em breve, traremos uma das piores. Para aguçar a curiosidade: ela também pertence à história do Hoje.
______________________
CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
Marcadores:
1986,
abertura,
As melhores vinhetas,
Jornal Hoje,
Rede Globo
terça-feira, 6 de julho de 2010
Plantões
Nunca sabemos quando eles irão entrar e quando surgem têm o poder de nos deixar nervosos, ansiosos para saber o que aconteceu de tão importante que não pode esperar.
Vamos conhecer - ou rever -, nessa postagem, as artes que precedem os grandes acontecimentos na tv aberta do Brasil.
A mais feia de todas é a da Record, que parece ter aproveitado a vinheta de "interprogramas" e não dá ênfase à palavra "plantão":
Plantão da Band, que não é desagradável:
Plantão do SBT, que traz uma trilha e arte adequadas:
Plantão da Globo, a célebre vinheta que combina perfeitamente trilha e arte:
Gostaria de dar destaque ao Plantão da TV Integração (afiliada Globo em Minas Gerais):
Bruno Vanderley é estudante de Comunicação Social - Jornalismo pela UFAL.
Vamos conhecer - ou rever -, nessa postagem, as artes que precedem os grandes acontecimentos na tv aberta do Brasil.
A mais feia de todas é a da Record, que parece ter aproveitado a vinheta de "interprogramas" e não dá ênfase à palavra "plantão":
Plantão da Band, que não é desagradável:
Plantão do SBT, que traz uma trilha e arte adequadas:
Plantão da Globo, a célebre vinheta que combina perfeitamente trilha e arte:
Gostaria de dar destaque ao Plantão da TV Integração (afiliada Globo em Minas Gerais):
Bruno Vanderley é estudante de Comunicação Social - Jornalismo pela UFAL.
Marcadores:
plantão da band,
plantão da globo,
plantão da record,
SBT,
tv integração
sábado, 3 de julho de 2010
Praças TV, as "vinhetas móveis" da Globo
Desde 1983, a Rede Globo investe mais numa programação regional, trazendo notícias locais e desafogando os jornais de rede, como o JN e o Hoje. Atuando na produção regional, as emissoras e afiliadas passam a desenvolver programas próprios, com identidades igualmente próprias, mas que, por ocuparem lugar na grade global, precisam manter o padrão de qualidade. Está certo que nem sempre foi assim, e existem afiliadas que insistem em criações um tanto bizarras e que, com certeza, comentaremos aqui no blog.
O nosso foco de hoje é comentar a história das vinhetas do Praça TV, o nome dado aos jornais locais da Globo e suas afiliadas. Praça, pois assim é chamada a localidade, o Estado, em que o programa passa. Nas emissoras próprias da Globo, o padrão é identificado pela sigla do Estado + TV, como SPTV, RJTV, MGTV, DFTV e NETV, pois até então a emissora de Pernambuco atuava cobrindo essa região. Fazendo essa combinação "Estado + TV", os responsáveis pelo videografismo da Globo faziam, desde o começo, uma vinheta sem identificação, cabendo o acréscimo da sigla que daria nome ao jornal.
A primeira era ainda precária, produzida por animação gráfica simples, com fundo preto. O argumento permaneceu o mesmo até 2005: siglas voando, de todo o Brasil, e a do jornal local é selecionada. Essa que aparece no vídeo durou até 1986, e é exibida a partir de 2 minutos e 39 segundos.
O tema sofreu algumas alterações em 1986, ano de grandes mudanças gráficas em praticamente todas as aberturas globais. Com o advento de computação gráfica, as siglas pareciam deslizar sobre camadas sobrepostas, como numa viagem de ficção científica entre naves que transitam sobre vias aéreas. A sigla vem do meio delas, dá um impacto na tela e forma o conjunto do logotipo.
Essa abertura ficou no padrão até 1996.
Logo em meados de 1996, adotaram um padrão estilizado de "seleção de sigla", pois ela passava a incluir em si mesma fachos de luz, bastante coloridos, dando dinamismo à abertura, que passava a ter novo tema musical.
Essa vinheta durou pouco, sendo substituída logo depois pelo "padrão Intercine". Apelidamos dessa maneira, pois a abertura dessa sessão de filmes globais lembra - e muito - essa "dança das siglas vítreas":
Em fins de 1998, uma novidade. Como um teste para o que viria, a Globo de São Paulo inova mostrando uma nova vinheta para o SPTV, tanto na primeira quanto na segunda edição. O tema musical é totalmente diferente, e que foi usado na abertura seguinte.
No final de 1999 e início de 2000, a abertura que, na minha opinião, foi uma verdadeira revolução gráfica na Globo. Eu a apelidei de "balé dos retângulos azuis", e a meu ver foi uma das mais sensacionais já produzidas pela Editoria de Arte da emissora. O tema, suntuoso, provocou uma mudança no padrão global de jornalismo local. Os "TV" piscando, enquanto os retângulos dançavam pela tela, de modo sincronizado, até que um deles trazia a sigla, em tom amarelo.
Daí veio 2005 e a Globo desandou. Contrariando a tendência mundial de se fazer logotipos em 2D, planos, a equipe de Hans Donner faz uma música ainda mais sintetizada como trilha e, pior, insere no gráfico pilhas, que representam prédios. Para variar um pouco o estado, a vinheta abaixo é a do MSTV.
A pergunta que não quer calar: e as cidades menores, que nem prédio têm? O Brasil é todo urbano? E o que há por trás da sigla do Estado: seria um arquivo, um fichário? Fizeram tão bem feito em 1999 a 2005, acabaram com o padrão. O logo, estranho demais, em formato de cubo. A atual vinheta dos Praça TV é uma amostra de que o padrão pode ser bem piorado. Por descuido na hora de adaptar a sigla, surgem "aberrações" como a do vídeo a seguir, do GRTV:
Finalmente em 2009 a Globo passou a mudar a trilha de seus telejornais locais, tornando-a um pouco mais alegre.
De um modo bem sucinto, a história das vinhetas de telejornais locais da Globo mostra que a padronização é um elemento interessante de exibição de qualidade, permitindo que afiliadas, com até menos recursos e equipamentos, possam manter a "cara da Globo", nos mais diversos destinos deste País.
Opinamos pela troca dessa vinheta atual. Aguardamos uma nova inspiração da Editoria de Arte, que venha a nos surpreender, como aconteceu no começo da década passada.
______________________
CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
O nosso foco de hoje é comentar a história das vinhetas do Praça TV, o nome dado aos jornais locais da Globo e suas afiliadas. Praça, pois assim é chamada a localidade, o Estado, em que o programa passa. Nas emissoras próprias da Globo, o padrão é identificado pela sigla do Estado + TV, como SPTV, RJTV, MGTV, DFTV e NETV, pois até então a emissora de Pernambuco atuava cobrindo essa região. Fazendo essa combinação "Estado + TV", os responsáveis pelo videografismo da Globo faziam, desde o começo, uma vinheta sem identificação, cabendo o acréscimo da sigla que daria nome ao jornal.
A primeira era ainda precária, produzida por animação gráfica simples, com fundo preto. O argumento permaneceu o mesmo até 2005: siglas voando, de todo o Brasil, e a do jornal local é selecionada. Essa que aparece no vídeo durou até 1986, e é exibida a partir de 2 minutos e 39 segundos.
O tema sofreu algumas alterações em 1986, ano de grandes mudanças gráficas em praticamente todas as aberturas globais. Com o advento de computação gráfica, as siglas pareciam deslizar sobre camadas sobrepostas, como numa viagem de ficção científica entre naves que transitam sobre vias aéreas. A sigla vem do meio delas, dá um impacto na tela e forma o conjunto do logotipo.
Essa abertura ficou no padrão até 1996.
Logo em meados de 1996, adotaram um padrão estilizado de "seleção de sigla", pois ela passava a incluir em si mesma fachos de luz, bastante coloridos, dando dinamismo à abertura, que passava a ter novo tema musical.
Essa vinheta durou pouco, sendo substituída logo depois pelo "padrão Intercine". Apelidamos dessa maneira, pois a abertura dessa sessão de filmes globais lembra - e muito - essa "dança das siglas vítreas":
Em fins de 1998, uma novidade. Como um teste para o que viria, a Globo de São Paulo inova mostrando uma nova vinheta para o SPTV, tanto na primeira quanto na segunda edição. O tema musical é totalmente diferente, e que foi usado na abertura seguinte.
No final de 1999 e início de 2000, a abertura que, na minha opinião, foi uma verdadeira revolução gráfica na Globo. Eu a apelidei de "balé dos retângulos azuis", e a meu ver foi uma das mais sensacionais já produzidas pela Editoria de Arte da emissora. O tema, suntuoso, provocou uma mudança no padrão global de jornalismo local. Os "TV" piscando, enquanto os retângulos dançavam pela tela, de modo sincronizado, até que um deles trazia a sigla, em tom amarelo.
Daí veio 2005 e a Globo desandou. Contrariando a tendência mundial de se fazer logotipos em 2D, planos, a equipe de Hans Donner faz uma música ainda mais sintetizada como trilha e, pior, insere no gráfico pilhas, que representam prédios. Para variar um pouco o estado, a vinheta abaixo é a do MSTV.
A pergunta que não quer calar: e as cidades menores, que nem prédio têm? O Brasil é todo urbano? E o que há por trás da sigla do Estado: seria um arquivo, um fichário? Fizeram tão bem feito em 1999 a 2005, acabaram com o padrão. O logo, estranho demais, em formato de cubo. A atual vinheta dos Praça TV é uma amostra de que o padrão pode ser bem piorado. Por descuido na hora de adaptar a sigla, surgem "aberrações" como a do vídeo a seguir, do GRTV:
Finalmente em 2009 a Globo passou a mudar a trilha de seus telejornais locais, tornando-a um pouco mais alegre.
De um modo bem sucinto, a história das vinhetas de telejornais locais da Globo mostra que a padronização é um elemento interessante de exibição de qualidade, permitindo que afiliadas, com até menos recursos e equipamentos, possam manter a "cara da Globo", nos mais diversos destinos deste País.
Opinamos pela troca dessa vinheta atual. Aguardamos uma nova inspiração da Editoria de Arte, que venha a nos surpreender, como aconteceu no começo da década passada.
______________________
CLEBER OLYMPIO é paulistano, advogado pela PUC/Campinas, locutor noticiarista pelo SENAC/SP e aprecia vinhetas de telejornais desde os 11 anos de idade. É o criador da comunidade "Vinhetas de Telejornais" no orkut. Siga-me no Twitter
Marcadores:
abertura,
Praça TV Globo,
Rede Globo,
videografismo
Assinar:
Postagens (Atom)